quinta-feira, 14 de novembro de 2013

COMO NÃO SER UM IDIOTA NA ACADEMIA. CONFIRA AQUI!















A academia é um lugar onde encontramos todos os tipos de pessoas, enquanto algumas pessoas fazem com que sua presença se torne importante e benéfica, como a de bons instrutores, atletas e o seu parceiro de treino, outras pessoas conseguem fazer com o que o ambiente fosse melhor se elas nunca tivessem aparecido ali. Que tipo de pessoa você é ?

Abaixo mostraremos os “perfis” mais comuns de pessoas que geralmente mais atrapalham o treino dos outros do que ajudam a sí próprios.

1 – O dono da academia
Não, não estamos falando daquele cara que recebe o seu dinheiro da mensalidade todo o mês. Estamos falando daquele cara que também paga a mesma mensalidade que você, mas por algum motivo ele pensa que tem mais privilégios e acha que é o dono dos pesos.

Os “donos de academia” costumam não deixar as outras pessoas usarem os aparelhos e pesos, pois conversam mais no celular do que treinam enquanto ocupam o aparelho/peso, e ainda possuem a audácia de fazer o exercício em frente ao hack de pesos(atrapalhando quem quer pegar um halter) ou bloqueando a passagem dos outros em um lugar que passa bastante gente. Quando terminam o exercício, não fazem questão de guardar os pesos de onde tirou, pois os instrutores são os seus empregados particulares.

2 – O anti-social
Algumas pessoas passam tanto tempo lendo material de motivação e treino hardcore que acabam pensando que se transformaram em uma propaganda do Animal Pak com o Frank McGrath. Acham que para se ter resultados você tem que chegar na academia com uma cara fechada e não conversar com ninguém durante o treino inteiro.
Você realmente precisa estar 100% focado no seu treino, mas você não precisa ser completamente anti-social ou fazer “cara de mau” para parecer que o seu treino é hardcore. Você pode conversar naturalmente entre as séries, desde que não atrapalhe o seu treino e ainda sim fazer agachamento com 150kg por 12 repetições em boa forma. Nunca ouvi relatos de pessoas que conseguiram elevar as cargas nos exercícios só por ser mal educado e ficar com a cara fechada todo o tempo. Você pode fazer um treino verdadeiramente hardcore sem nenhuma destas firulas.



3 – O baladeiro
Existem certos indivíduos que se confundiram quando se matricularam na academia, eles pensaram que a academia era um tipo de balada inovadora que você paga a entrada uma vez por mês e pode ir todo dia. Estes cidadãos costumam ir para a academia com banho tomado(nada errado em tomar banho, o problema é o resto), gel no cabelo, usando perfume caro e roupas de marca. Chegam na academia e não param de falar no celular ou fazer social com as mulheres.

Quem em sã consciência iria para a academia com roupa de marca e arrumado, para suar e ficar fedido ? Obviamente é para NÃO treinar.

4 – O ladrão
Pode ficar sossegado com os seus pertences, esse tipo ladrão tem um único objetivo: roubar os seus pesos. Esse tipo de ladrão costuma agir em todas as academia e em qualquer horário. É só você ir beber água que ao voltar você notará que o seu banco e/ou pesos sumiram.

Será que é tão difícil perguntar para qualquer pessoa que esteja perto dos pesos ou banco, se quem estava usando já terminou ? Para algumas pessoas parece que sim, pois costumam pegar sem saber,atrapalhando o seu treino e ainda fazendo com que você tenha ir buscar os pesos onde o infeliz deixou.

Conclusão
Estes foram apenas algumas personalidades que encontramos na academia. Você se encaixa em alguma delas e se sente injustiçado ? Conhece algum outro tipo de personalidade ?

OS 3 MOTIVOS MAIS COMUM PARA SEU BICEPS NÃO ESTÁ EVOLUINDO!


















Bíceps que não crescem são mais comuns do que você imagina. Junto com a grande fama deste músculo, vêm uma enorme onda de informações conflitantes e métodos antiquados que no máximo irão fazer você ter um bom “pump” no treino, mas não o que realmente buscamos: braços grandes.

Motivo 1) Volume excessivo de treino
Músculos pequenos precisam de menos volume para crescer, pois até mesmo com pouco volume e pouco estímulo já é possível fatigar estes grupos musculares, mas isso não é o que vemos na maioria das academias. Vemos pessoas treinando o bíceps com volume excessivo e fazendo até 4 exercícios por treino com 4 séries cada, mesmo tendo treinado costas no mesmo dia e o pior, algumas pessoas chegam a treinar bíceps antes das costas, o que além de não gerar maiores ganhos ao bíceps, atrapalhará a performance no treino de costas.

Devido ao tamanho do bíceps, é possível gerar resultados com treinos contendo até mesmo 2 exercícios com 3 a 4 séries por exercício. Se você treina o bíceps em um dia longe do treino de costas, ainda pode incluir um exercício isolador no fim do treino, totalizando 3 exercícios. Isto é apenas uma recomendação geral, algumas pessoas de fato poderão ter ganhos com mais volume de treino, mas a maioria não.

Motivo 2) Excesso de técnicas de intensidade
Existem inúmeras técnicas avançadas de intensidade que podem ser usadas no treino de bíceps. As mais famosas usadas, sem dúvidas, são os dropsets e a rosca 21. Técnicas de intensidade são ótimas e podem gerar bons ganhos, mas infelizmente algumas pessoas podem não se dar bem com esse tipo de prática ou simplesmente estar abusando delas. Estes métodos foram feitos para dar um choque ao músculo forçando a hipertrofia muscular, mas precisam ser usados de maneira esporádica(não em todos os treinos). Caso você já esteja usando estas técnicas e não está vendo resultados, tente deixá-las de lado por algumas semanas e em vez disso foque-se na progressão das cargas nos exercícios(aumentar a carga em cada treino) fazendo de 6 a 8 repetições nos exercícios.

Motivo 3) Excesso de exercícios isoladores
Algumas pessoas, com o intuito de dar atenção a partes específicas do bíceps(Ex: aumentar apenas o pico do bíceps), tendem a tornar os exercícios isoladores como base do treino. Infelizmente, a forma do bíceps será determinada muito mais pela genética do que pelo treino. Quem nasceu para ter o pico do bíceps alto, terá o pico mais desenvolvido fazendo rosca direta ou rosca concentrada. Contudo, focar o treino em exercícios isoladores além de ser menos produtivo, pode facilitar o overtraining. Como de praxe, foque o treino sempre em exercícios compostos como rosca direta, alternada ou scott

O CONSUMO DE ACUÇAR DIMINUI A TESTOSTEROA? VEJA AQUI.

















Que açúcar em excesso não é saudável, todo mundo sabe. Agora ele também pode ser o culpado pela queda de testosterona e consequentemente pela perda de massa muscular.

Um estudo realizado neste ano descobriu que homens com níveis saudáveis de insulina tiveram uma queda temporária de 25% na testosterona após ingerir uma bebida rica em açúcar. A testosterona se manteve baixa por 2 horas e cerca de 80% dos envolvidos tiveram os níveis de testosterona reduzidos a um nível que seria considerado até como problema clínico.

Ok, a queda na testosterona é apenas temporária, mas se você for uma pessoa “comum” e consumir açúcar várias vezes ao dia, estará causando uma queda de testosterona muito mais longa e contínua, provavelmente ficando o dia todo com os níveis mais baixos que o normal. Muitas pessoas incluem o açúcar em quase ou todas as refeições: refrigerantes, sucos, biscoitos, sobremesas, o uso do próprio açúcar refinado em bebidas e outros alimentos, etc…

A testosterona tem um papel chave no ganho de massa muscular e qualquer mudança nos níveis deste hormônio irão impactar diretamente os seus resultados. Atletas naturais(como você), não podem se dar ao luxo de perder testosterona e acredito que você só tem a ganhar ao evitar o excesso de açúcar, não só pela testosterona, mas pela lista enorme de outros malefícios desta substância.

O MELHOR NUMERO DE REPETIÇÕES PARA MAXIMIZAR O GANHO DE MASSA MUSCULAR.
















Se você luta diariamente para ganhar massa muscular, possuí uma genética comum e é natural, você poderia amplificar seus resultados simplesmente alterando o número de repetições dos exercícios do seu treino.

Menos repetições(5 a 8)  são superiores às tipicas 12-15 repetições prescrevidas aleatoriamente nas academias. Especialmente se você tem menos de dois anos de treino pesado ou é o famoso hardgainer.

Para algumas pessoas isto pode ser difícil de engolir, mas quando você ainda não possuí força e massa muscular suficiente, você precisa de algo que realmente sobrecarregue o corpo para colocá-lo em estado anabólico e treinar com poucas repetições faz justamente isto.

Os Negativos do Treino com Bastante Repetições
Poucas repetições, feitas de maneira explosiva tem um efeito benéfico no sistema nervoso central, enquanto treinos usando bastante repetições, se feitos em excesso, podem facilmente drenar o seu sistema nervoso.

Quando você tem poucos anos de treino no currículo, sua capacidade de volume será pequena. Neste caso, muitas repetições pode causar mais fadiga, mais dores e maior inflamação localizada. É por isto que quando embarcamos em um treino usando bastante repetições, você pode parecer maior no inicio, mas isto é apenas fluído intracelular, aumento de armazenamento de glicogênio e um inchaço geral devido ao trauma causado.

Ao contrário do que você pode estar pensando, estes efeitos gerados pelos treinos com bastante repetições, podem evitar que você treine com mais frequência e em um estado mais recuperado, o que limita a sua habilidade de construir massa muscular.

Então usar mais que 8 repetições é proibido ?
Claro que não. Apenas estamos citando os benefícios de poucas repetições para quem treina a pouco tempo ou está com dificuldades de ganhar massa muscular. Tanto que após anos de treino e vários quilos de massa muscular adquiridos, você vai querer tomar mais cuidado quando usar menos de 8 repetições, para evitar lesões.

Contudo, se você está lutando para ganhar massa muscular, sem sucesso, eu apostaria fácil que você teria muito mais ganhos seguindo um treino focado em poucas repetições(Usando entre 5 a 8), pelo menos por alguns anos.

Você também não precisa levar tudo ao pé da letra e achar que se fizer mais que 8 repetições a sua massa muscular vai desaparecer imediatamente. Enquanto o foco principal do treino se mantiver em poucas repetições, fazer um exercício com mais repetições aqui e alí, não matará ninguém.

Talvez seja por isto que treinos low reps(poucas repetições) como o 5×5 estejam ganhando tanta fama nos Estados Unidos e no próprio Brasil

CINTO DE MUSCULAÇÃO NÃO É ACESSORIO ESTÉTICO, VEJA PARA QUE REALEMTE SERVE.


Hoje em dia, é comum vermos cintos disponíveis na maioria das academias e apesar disso ser um ponto positivo, muitas pessoas não imaginam que o uso incorreto (excessivo) do cinto pode gerar até lesões.

O problema é que muitas pessoas não entendem que o cinto é uma ferramenta específica e que deve ser usado apenas em momentos específicos. Ele não é um uniforme de academia ou troféu para mostrar que você treina pesado, o cinto serve apenas para proteger o corpo durante exercícios que usam muita carga e que exigem muito do core, ou seja, o cinto será muito bem vindo durante aquelas últimas séries de levantamento terra ou agachamento, que geralmente propiciam o uso de grandes cargas. Neste caso, o uso do cinto é benéfico e pode até fazer você ganhar algumas repetições, devido à maior estabilidade do corpo.

Em todos os outros casos, usar o cinto em demasia, pode impedir que o core crie resistência própria a lesões, gerando um desiquilíbrio no corpo. Ou seja, de nada adianta levantar 200kg no levantamento terra na academia, se você se lesiona levantando uma caixa em casa, porque o core é muito fraco (fazendo-o ficar afastado do treino por meses). É isto o que acontece quando usamos o cinto como uma muleta constante na academia ou como um simples acessório estético.

“Mas fisiculturistas profissionais usam o cinto durante o treino inteiro”














Fisiculturistas profissionais, atletas olímpicos e powerlifters já possuem o core e outros músculos da região muito bem desenvolvidos. Como se não fosse suficiente, eles ainda usam cargas estratosféricas na maioria dos exercícios que fazem, gerando tensão suficiente para gerar lesões fazendo até mesmo uma simples rosca direta. Neste caso, o uso do cinto prevenirá lesões e mesmo que o uso seja excessivo, não vai afetar a resistência de um core já desenvolvido.

MAXIMIXE O TREINO DE BICEPS COM A ROSCA ZOTTMAN


Apesar de ser pouco conhecido atualmente, este exercício existe a mais de cem anos. Concebido por George Zottman em 1880, o movimento tem como principal objetivo construir o bíceps e antebraço ao mesmo tempo, adicionando um maior balanço entre estes dois músculos, o que consequentemente aprimorará o restante do treino.

Este exercício é especialmente efetivo para quem já vem usando o mesmo treino de bíceps ha muito tempo, pois o movimento servirá como uma grande varição, gerando estímulos inéditos tanto para o bíceps como para o antebraço.

Como fazer a Rosca Zottman

O vídeo é autoexplicativo, mas caso você não consiga assisti-lo ou gostaria de instruções mais detalhadas. Para realizar o exercício, é muito simples:

- Se posicione como se fosse executar a rosca alternada(usando dois halteres e segurando-os com as palmas apontando para frente ao lado do corpo).
- Mantendo os cotovelos fixos ao lado do corpo, levante os halteres exatamente como faria na rosca alternada(em direção aos ombros).
- Ao chegar ao topo, pare o movimento e gire o peso até que as palmas das mãos estejam direcionadas para o lado contrário.
- Desça o peso de maneira controlada até a posição inicial e gire o peso novamente.
- Repita o processo.











Quando fazer a Rosca Zottman
Deixe a rosca Zottman como último exercício do treino ou como uma ponte entre o treino de bíceps e antebraços. Como o exercício exige bastante do antebraço, se você o fizer no início do treino, o mesmo pode afetar sua performance no restante dos exercícios como a rosca direta, que também exige a ativação do antebraço. Quanto a séries e repetições, isto fica a seu critério.

Dicas
1 – Você pode fazer o exercício de maneira simultânea(os dois braços ao mesmo tempo) ou de maneira alternada(como a rosca alternada), como variação do exercício.

2 – Se você sente dores nos pulsos ou cotovelos, não insista tentando fazer o exercícios com cargas elevadas. Faça a Zottman com halteres leves e construa resistência através da rosca direta e rosca inversa até que você consiga fazer o exercício sem dores.

3 – Quando você já estiver fazendo a rosca Zottman de maneira adequada e aumentando as cargas, você também pode variar o exercício fazendo-o da maneira inversa: começar com as palmas das mãos para trás e em cima girar, abaixando o peso com as palmas para cima.

4 – No futuro você também pode incorporar tri-sets usando a Zottman. Comece fazendo rosca direta, sem nenhum descanso faça a rosca zottman e finalize fazendo rosca inversa. Lembrando que este tipo de técnica é de alta intensidade e deve ser usada de maneira esporádica(infrequente) para evitar overtraining.

5 – Tenha certeza que os cotovelos fiquem sempre ao lado do corpo para evitar que outro músculo – além do bíceps e antebraço – “roube” o exercício

REGRAS DE TREINOS DAS LENDAS DO FISICULTURISMO














O fisiculturismo dos anos 30 aos 60 era muito mais simples. A creatina estava a décadas de ser criada, suplementos proteicos estavam engatinhando e o desenvolvimento com barra(military press) ainda era um exercício olímpico. E também era um tempo onde os esteroides anabolizantes não eram amplamente usados.

O fato de que o uso de drogas não era descontrolado, não só ajudou os atletas a serem mais saudáveis, como também manteve o “físico ideal” de alguma maneira alcançável.

Isto significava que um cara “normal” da época podia copiar as rotinas de lendas como Reg Park, Leroy Colbert, John Grimek, Clarence Ross, Marvin Eider ou John Davis e obter resultados concretos.

Este artigo tem o intuito de servir como um chacoalhão para a industria moderna do fisiculturismo(e os ratos de academia que fazem tudo o que aparece de novo), para voltar aos princípios básicos que construíram os grandes físicos(e mais saudáveis) de décadas atrás.

Os Velhos Tempos
O fenômeno dos “velhos tempos” ou “época de ouro” do fisiculturismo se estende além do próprio esporte. Apesar de existir uma expectativa de vida menor naquela época, as pessoas pareciam ser muito mais saudáveis do que hoje.

Eles eram mais ativos, caminhavam mais no dia-a-dia(e não só na esteira), e seus filhos cresceram fazendo esportes fora de casa e não jogando Xbox o dia todo, o que fez com que se tornassem adolescentes e adultos mais saudáveis.

Isto também gerou ratos de academia mais saudáveis. Olhem os exercícios feitos antigamente, o desenvolvimento com barra atrás da nuca por exemplo. A cinquenta anos atrás, este exercício era recomendado em qualquer lugar, mas hoje em um mundo cheio de limitação de mobilidade nos ombros, flexibilidade medíocre e manguitos rotadores fracos, este movimento que criou vários ombros dignos de competições, está quase entrando para a lista negra.

O que aconteceu nos últimos 50 anos ? Primeiro, tirando o supino, as pessoas parecem que não gostam de treinar pesado mais.

Hoje em dia o tópico quente das revistas é difundir a “confusão muscular” e outros métodos mirabolantes, que servem apenas para confundir quem está começando a treinar, afastando as pessoas do real objetivo, que é colocar cada vez mais peso na barra.

Hoje em dia as pessoas pensam que para conquistar braços grandes, tudo o que é necessário é seguir uma rotina que consiste em algumas séries de rosca concentrada e rosca testa, intervalando com troca de mensagens SMS e atualizações de Facebook.

O problema é que, rotinas mirabolantes – quando aplicadas por pessoas geneticamente abençoadas e utilizando um coquetel de drogas – irão trazer resultados expressivos.

Então, caras novos e sem instrução são atraídos por estas rotinas fáceis em vez de praticar algo mais básico, porém efetivo que foi utilizado, por exemplo, por uma lenda como Bill Pearl lá pelos anos 60 – uma rotina que geraria o dobro de massa muscular nos braços, na metade do tempo:

Exercício                                    Séries    Repetições
A1 Rosca Alternada Sentada             3                  8
A2 Rosca Testa Inclinada             4                   8
B1 Rosca com Halteres deitado       3                  8
B2 Rosca testa deitado                     4                  8
C1 Rosca concentrada                     3                  8
C2 Rosca francesa                             4                  8

A rotina de Bill Pearl ataca os músculos com uma escolha inteligente de exercícios junto de cargas moderadamente altas – um exemplo clássico de treino old school para braços.

Particularmente, eu consegui ganhar 7,6cm de braços em um ano usando treinos como este.

Grande e Forte
Bill Pearl é o exemplo perfeito de um físico construído com treinamento “pesado”. Ele agachava com 275kg(pesando cerca de 100kg), fazia levantamento terra com 295kg, supino com 205kg, desenvolvimento com 145kg, usava meros 100kg na rosca direta e rosca punho, e 60kg na rosca punho inversa.

Não precisamos dizer que ele foi construído como uma casa de concreto. E assim era feito naquela época – o treinamento árduo, pesado e constante forjou alguns dos maiores físicos de todos os tempos.

E aí você tinha, Marvin Eder, que conseguia fazer paralelas usando quase 200kg adicionais(dois caras grandes pendurados nas pernas dele), 138kg no desenvolvimento por trás da nuca, 235kg no supino e ainda fazia 8 barras(chin-ups) usando um braço só por vez.

A triste verdade é que três destes exercícios que Marvin adorava(paralelas, chin-up e desenvolvimento por trás da nuca) são feitos por apenas 10% de todas as pessoas que treinam hoje em dia.




























Cross Training
Estes caras podem não ter tido acesso aos equipamentos de última geração disponíveis hoje em dia, mas eles ainda construíram corpos incríveis através de uma variedade de treinos pesados. Marvin e John Grimek até mesmo competiram nas Olimpiadas durante a carreira de fisiculturismo.















Na verdade, era comum para fisiculturistas daquela época não só serem julgados pelo físico, mas também pela força em exercícios como o desenvolvimento militar(military press), para ganhar mais pontos.

Então, se você treinava em 1950, você teria sorte de ter lido alguns artigos escritos por Grimek, como o “Desenvolvendo Força Superior” que foi originalmente publicado em 1958 e discutiu coisas como exercícios de suporte e explosão para construir força máxima.

Aqui vai um resumo da rotina de desenvolvimento com barra que Grimek recomendava a 55 anos atrás:

Comece com um peso que você consiga fazer perfeitamente o desenvolvimento usando 5 ou 6 repetições, como aquecimento.
E então, mude a carga para 75% da sua capacidade máxima e faça 3 repetições.
Continue aumentando a carga de 2 a 5kg, realizando repetições únicas até que o seu limite tenha sido alcançado.
Agora adicione 10kg na barra e faça 2 ou 3 repetições de push press. Adicionando cargas de 2 a 5kg.
Quando atingir uma carga que você não consiga mais realizar o push press, tire todo o peso da barra e faça uma repetição estática(simplesmente levante a barra e segure) até que você não consiga mais sustentar a barra no alto. Repita este ultimo procedimento por uma última vez.

Eu mesmo usei esta rotina, e enquanto eu não sou nenhum atleta de nível mundial, minhas cargas no desenvolvimento com barra aumentaram de 1 repetição com carga equivalente ao meu peso corporal, para 8 repetições.

O que quero dizer com tudo isso, é que basicamente vemos o oposto sendo recomendado hoje em dia – o público geral das academias se esqueceram do puro desenvolvimento com barra/militar.

O que podemos fazer ?
Enquanto o treinamento de hoje em dia parece ser algo meio vazio, felizmente nem tudo está perdido para aqueles que possuem a sabedoria de lembrar do passado.

Aqui vai uma lista de dicas para ter certeza que seu treino está no caminho certo e de acordo com os princípios de Reg Park, Steve Reeves, John Grimek, Marvin Eider, Leroy Colbert e várias outras lendas:

Regra 1: Se o seu treino é baseados em exercícios que geram o pump(incluindo compostos), tenha certeza de sempre incluir um exercício composto feito com cargas elevadas. (Fazer compostos a maioria faz, mas não focando no ganho de força e usando menos repetições)

Exercícios que geram o pump podem ser ferramentas úteis, contudo algumas pessoas tendem a acreditar que o mais importante do treino hoje em dia é o quanto o treino gera um pump.

Enquanto alguns fisiculturistas da velha guarda como Serge Nubret, usavam um tipo de treino exclusivo para gerar o pump, Serge ainda sabia o valor da progressão de cargas e sempre recomendava adicionar cada vez mais carga quando possível. A verdade é que curtos intervalos de tempo entre as séries, já é uma forma de progressão por si só, como veremos na próxima regra.

Regra 2: Pense em intensidade como um fator que pode ser medido e não um fator de quanto esforço você percebe que está fazendo. Você deve pensar na intensidade do treino como algo que pode ser aprimorado apenas fazendo o seguinte:

Aumentando a carga
Aumentando as repetições
Diminuindo o descanso entre as séries
Aumentando o número de exercícios ou séries por grupo muscular(dentro do bom-senso)
O importante, é ter certeza de que você está aumentando um dos “modificadores de intensidade” mencionados acima, ou o famoso “treino intenso” que todo mundo diz e pensa que faz, está sendo uma perda de tempo.

Regra 3: Se preocupe com o consumo de comidas de verdade antes da suplementação. Suplementos de qualidade funcionam muito bem quando usados estrategicamente, apenas lembre-se que eles existem para “suplementar” a sua dieta e não defini-la.

Regra 4: Não descarte completamente o treino full-body (de corpo inteiro), especialmente se você é um iniciante. Com certeza treinos divididos funcionam, mas alguns dos físicos mais incríveis da história, como de Leroy Colbert e Reg Park, foram construídos usando treinos full-body. Se este tipo de treino for algo que você particularmente não gosta, misturando-o esporadicamente ao seu treino normal pode ajudar a gerar maiores ganhos e ainda aumentar o entusiasmo no treino.

Colbert treinava um dia sim, um dia não, atingindo o corpo inteiro em um treino e fazendo 6 séries por grupo muscular e 1 minuto de descanso entre as séries.

Regra 5: Considere o treino como um esporte coletivo. Isto é algo que nasceu naturalmente à décadas atrás, porém foi desaparecendo com o tempo. Se você já assistiu “Pumping Iron”, você vai lembrar que todos os fisiculturistas treinavam, se bronzeavam, comiam e até posavam juntos.

Regra 6: Não aceite críticas, dê as boas vindas a elas, ame-as e então siga em frente. Algumas pessoas se tornam orgulhosas demais para pedirem conselhos. Bill Pearl dizia que outros campeões como Dave Draper, Boyer Coe, Tom Platz, Chris Dickerson e até Arnold Schwarzenegger, regularmente pediam conselhos a ele.

Como dito na regra 5, você precisa considerar o treino como um esporte coletivo, e nunca pensar que você está cima de todos para não precisar pedir ajuda. As vezes, até mesmo os pequenos conselhos pode salvá-lo de anos de frustração com tentativa e erro.

O que é velho é novo
Como Bob Dylan uma vez escreveu, os tempos estão mudando. Você pode parar o progresso, tanto quanto pode parar as folhas de mudarem de cor nas estações.

Mas só porque o esporte evoluí ou se adapta, não significa que o que funcionava vai parar de funcionar, especialmente no caso dos jovens confusos que se espalham nas academias hoje em dia.

Reserve um tempo para aprender sobro o treino de caras como Colbert, Pearl, Grimek e vários outros, ou pelo menos coloque estas 6 regras em execução. Você pode experimentar ganhos novos advindos de velhas dicas.