
Os mais importantes hormônios anabolizantes do
organismo são a testosterona (hormônio sexual masculino), produzido pelos
testículos, o GH (hormônio do crescimento), produzido pela hipófise, e a
insulina, produzida pelo pâncreas. A testosterona é estimulada pelos exercícios,
principalmente pelos exercícios de força, e pela ingestão adequada de gorduras,
visto que este hormônio é sintetizado a partir do colesterol. O GH é um hormônio
sintetizado a partir de aminoácidos, sendo estimulado pela proteina alimentar, e
também pelo treinamento, em particular pelos exercícios de força. Durante o sono
também ocorre liberação de GH, sendo assim importante o descanso adormecido para
o esportista. A insulina também é sintetizada a partir de aminoácidos e é
estimulada pela ingestão de carboidratos. Recentemente se demonstrou que a maior
produção de insulina decorrente da ingestão frequente de carboidratos ao longo
do dia consegue aumentar a síntese proteica, aumentando a positividade do
balanço nitrogenado.
Assim sendo, para estimular ao máximo o
anabolismo devemos treinar com pesos, descansar o mais possivel, ingerir
proteinas em quantidades adequadas (cerca de 2 gramas por quilo por dia), não
restringir totalmente as gorduras da alimentação, e ingerir carboidratos várias
vezes por dia. Pode ser oportuno lembrar que nas duas horas após os exercícios a
ingestão de carboidratos é particularmente importante devido à facilitação
metabólica para a síntese de glicogênio.
O catabolismo muscular ocorre em toda situação
de estresse orgânico ou emocional devido ao aumento da produção de cortisol,
hormônio da glândula supra-renal. As pessoas tensas e angustiadas produzem
maiores quantidades de cortisol durante todo o dia. Durante os exercícios também
ocorre grande aumento na produção de cortisol. Também contribuem para a
degradação de tecido muscular a desidratação dos músculos durante os exercícios,
e o aumento da concentração de amônia decorrente das reações químicas que
liberam energia a partir da molécula de ATP.
Para reduzir o catabolismo devemos procurar
manter as emoções sob controle e realizar treinos curtos. Dessa forma a
desidratação e a produção de cortisol e de amônia não serão excessivas.
Recentemente foi verificado que a creatina é uma substância que pode favorecer o
aumento de massa muscular. Entre as hipóteses para explicar esse efeito estão o
já documentado efeito ergogênico dessa substância (imagina-se que treinos mais
pesados devem estimular mais hipertrofia), o aumento da hidratação dos músculos,
e a redução de amônia devido à maior disponibilidade de ATP. Outra substância
que talvez favoreça a redução do catabolismo é a glutamina, devido ao seu efeito
de neutralizar quimicamente a amônia, e por também estimular a hidratação dos
músculos. No entanto, apesar da situação promissora, a utilização de creatina e
glutamina com o objetivo de estimular a massa muscular ainda está em fase
experimental, e as doses e esquemas de administração atuais são totalmente
empíricos. Um esquema coerente com a fisiologia, embora de eficácia ainda não
estabelecida, é a utilização antes do treino de duas ou três gramas de creatina
e a mesma quantidade de glutamina; após o treino, duas gramas de glutamina, e
mais duas tomadas de uma grama de glutamina a cada 3 ou 4 horas.
Considerando todos os aspectos anteriormente
abordados podemos verificar que existem muitas atitudes a nivel de treinamento,
alimentação e suplementação que podem e devem ser tentadas para maximizar o
aumento da massa muscular. A compreensão e dedicação à essas condutas talvez
possam trazer muito progresso em termos de massa muscular, e mesmo para os mais
ambiciosos atletas, podem ser alternativas seguras para as perigosas drogas
anabolizantes.ARTIGO RETIRADO DO SITE: http://fisiculturismo.com.br/artigo.php?id=47&titulo=Potencializando+a+hipertrofia+muscular.html
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